Gerir as visitas familiares
Muitas mulheres referem sentir um novo respeito pelas suas mães depois de elas próprias terem dado à luz. Agora percebem a imensidão de trabalho que um recém-nascido dá e maravilham-se por pensar que a mãe delas parecia fazê-lo tão facilmente. Este sentimento, por vezes, vai além do seu núcleo familiar e estende-se a outras mulheres do seu círculo familiar.
É difícil imaginar como este sentimento de bonomia se pode desintegrar tão rapidamente quando os avós ou outros parentes ficam em nossa casa, mas muitas mães recentes, sobrecarregadas e exaustas, desejam do fundo do coração que todos se vão embora e a deixem sozinha. Ou se estiver em casa dos seus pais, é muito possível que deseje ardentemente voltar para sua casa. Mas como dizê-lo sem ofender ninguém nem parecer ingrata?
Uma das questões mais complicadas é a dos conselhos não solicitados que podem colidir com o caminho que a mãe deseja seguir. As coisas mudaram muito desde que a geração mais velha tomou conta dos bebés. Um exemplo clássico é a posição em que o bebé deve dormir. Hoje em dia, um bebé é colocado para dormir de costas, enquanto há uma geração atrás, o bebé devia dormir de barriga para baixo. Noutras alturas da história pode ter sido de lado, ou até de cabeça para baixo, se for preciso.
Tente recordar-se de que as pessoas gostam de si e que os conselhos são oferecidos porque querem ajudar a tornar a vida mais fácil. Se não é este o caso e se o bebé é só mais um capítulo de uma guerra constante entre vocês, então não é agora que vai resolver esse assunto, por isso, cerre os dentes e reduza as visitas ao mínimo. Normalmente há três principais motivos de discórdia:
- Se se deve deixar o bebé chorar.
- Onde ele dorme.
- E como é alimentado.
É muito provável que os seus pais tenham seguido uma rotina muito mais regrada do que a que escolheu, mas se eles foram educados na primeira era da Criação com Apego (Attachment Parenting), pode até ser ao contrário. Eles podem defender uma abordagem mais liberal enquanto escolhe definir uma rotina.
Lembre-se que o bebé é seu e não deles e que se deve manter firme em relação às suas escolhas, ou pelo menos, manter-se firme na sua capacidade em fazer escolhas quando se sentir preparada. Diz-se frequentemente que nunca crescemos totalmente até sermos pais e tivermos de assumir a responsabilidade por outra pessoa. Não tem de aceitar o conselho que será, esperemos, dado com boas intenções, mas tente manter-se calma, agradecer-lhes pela opinião e explique que você gostaria de tentar fazer as coisas de outra maneira.
Se foi para casa dos seus pais e se sente assoberbada e claustrofóbica, não tem de o apresentar de forma negativa. Pode evitar magoá-los dizendo que quer que o seu bebé se acostume ao ambiente de sua casa o mais cedo possível e sugira que eles a vão visitar (com uma das deliciosas refeições preparadas pela sua mãe) muito em breve.
Peça o que precisar. Se está habituada a tomar conta dos seus convidados quando eles a visitam, podem esperar que isso continue a acontecer. No entanto, as coisas agora mudaram e é essencial que as suas necessidades estejam em primeiro lugar. É frequente uma visita achar que deve tomar conta do bebé enquanto você arruma a casa. Isso pode estar bem para uma visita curta, mas se for um hóspede por mais tempo, peça-lhe para fazer o jantar ou tratar da roupa enquanto alimenta o bebé ou faz uma sesta para recuperar o sono perdido. Eles podem ter-se esquecido do esforço emocional e físico necessário para dar à luz um bebé e tratar de um recém-nascido, por isso, não tente ser uma super-mulher. Deixe-se ser mimada, deixe os outros fazerem algum trabalho, mesmo que não façam as coisas da maneira que gosta. Agora não é a altura para se preocupar com a lida da casa, na realidade, só se deve mesmo preocupar em conhecer o seu bebé.