O meu corpo mudou e sinto-me bem com isso
É isso mesmo! O meu corpo mudou desde que fui mãe, no entanto, não me importo com isso. O facto de ter conseguido gerar uma vida dentro de mim e de ser tão feliz enquanto mãe compensa todas as mudanças que, à partida, poderiam deixar-me com menos autoestima ou confiança. Para mim - e acredito que para todas as mulheres - o importante é perceber que não vale a pena compararmo-nos umas com as outras.
Pensar em atrizes e modelos famosas que um dia, depois de serem mães, já estavam em forma e transmitem a ideia de que corre sempre tudo muito bem e é tudo maravilhoso, não é saudável. A verdade é que cada corpo é um corpo e o importante é sentirmo-nos bem no nosso!
A minha experiência, o meu corpo
No meu caso específico, e apesar de ter sido mãe relativamente cedo (aos 25 anos), sinto diferenças, principalmente quando vejo fotografias em biquíni antes e depois do parto.
A recuperação da cesariana foi relativamente rápida, ou seja, a barriga grande da gravidez rapidamente diminuiu, mas nunca voltou à barriga lisa que tinha anteriormente e que tanto gostava.
O facto de 13 meses depois de ter sido mãe, engravidar novamente também não ajudou a voltar a ter o meu corpo como era, antes de saber que ia ser mãe.
Nesta segunda gravidez, sinto que tenho de me controlar muito mais para não engordar demasiado e estaria a mentir se dissesse que não tenho momentos em que tenho medo de não conseguir voltar ao meu corpo antigo ou que não tenho medo de não conseguir emagrecer depois do parto.
Pressão da sociedade sobre o corpo ideal
Posso culpar a falta de tempo para me dedicar ao exercício físico? Talvez. Mas mesmo quando voltei ao ginásio senti que não era tão fácil como era antes conseguir os resultados que queria.
Acredito que a pressão que sentimos para “recuperar o nosso corpo” pode dever-se à forma como a sociedade vê o corpo da mulher enquanto está grávida e a mudança radical dessa imagem quanto ao nosso físico depois do parto. Comentários e avisos como, por exemplo, “ainda parece que tens barriga de grávida”, “cuidado, não engordes demasiado porque depois ficas assim para sempre”, são feitos no dia-a-dia e preocupam a mulher que está, ou deveria estar, numa das melhores fases da sua vida.
Assim, tentei mentalizar-me que é possível não voltar ao corpo que tinha, mas não faz mal. Sou feliz, a minha filha é saudável, o meu marido diz-me todos os dias que me ama e estou a gerar novamente uma vida, e, só isso, deixa-me orgulhosa.
Para todas as mulheres que são mães e que se preocupam com o seu corpo, o meu conselho mais sincero é: aceitem e abracem o vosso corpo tal como é.